Memories

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

Published by 「ϻȝƚɋɣαɦȡ 」 under on 12:49:00

O Sol acaba de despertar de seu sono, e surge, vagarosamente, no horizonte... Muitas árvores cercam o velho chalé - ainda cobertas do orvalho matinal; ouço os pequenos animais da floresta despertar... Esquilos – amigos meus! - vêm até mim, e esperam que eu lhes dê suas nozes, o que todos os dias faço; aves de plumagem belíssima sobrevoam as árvores; nuvens, de cor azul-claro meio alaranjadas, mostram, narcisistas, sua beleza. Tudo desta manhã está envolto em uma névoa de profunda paz e tranquilidade.


Entro no chalé, e vou até o quarto onde, como imagem divinal, minh'amada repousa. Observo-a em seu sono, suspiros entrecortados e medos perceptíveis: deve estar a ter um sonho mau. Caminho até nossa cama, sento-me nela; com movimentos leves, acaricio o rosto de minha amada, como se pudesse fazê-la perceber: “Não temas, minha querida. Estou aqui, e sempre estarei.” Estranhamente, sua face demonstra maior serenidade. Pego-me, neste momento, a divagar: “Será a inconsciência dos sonhos tão externamente influenciável? O que, no fim das contas, são os sonhos?”


Deixo de lado as divagações quando percebo que ela despertara. Sorrio, e ela gentilmente retribui o sorriso. Beijo-lhe os lábios – quão doces! -, retiro-lhe da face uma madeixa de cabelos e digo-lhe, a novamente sorrir: “Bom dia, dorminhoca!” E
ela novamente me sorri, como se passássemos por um rito sagrado de todas nossas manhãs. Por Deus, como ela é-me especial! Como a amo!


Deito-me a seu lado - ela a olhar-me à altura dos olhos, eu a lhe fazer o mesmo -, com meu braço direito sobre seu corpo, ela com sua perna sobre o meu; É como se, nesta pequeníssima fração de tempo – oh, ele, à que tudo corrói! - confidenciássemos nossos mais íntimos segredos. Tudo envolto em um mistério o qual jamais poderá ser revelado às humanas almas...


(...)

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