Memories

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

Published by 「ϻȝƚɋɣαɦȡ 」 under on 01:09:00




O garoto sente-se deveras desolado:
À beira do esquecimento o lago,
Pesa, sobre seus ombros, enorme fardo;
Deixar de viver para salvar a quem ama?


Quê importa minha vida!, pensa ele. Quê!
Pode – com profunda tristeza, olhos marejados – ao fundo a ver:
Repousa o cadáver inerte na intensidade do tempo,
A aguardar, tão somente, o bem-amado para devolver-lhe o seu alento.


Passados momentos de reflexão
- O coração a palpitar de pura emoção -,
Ele, de braços abertos, costas para a face do rio tornadas,
Deixa-se, com imensa leveza, cair nas gélidas águas...


Cada vez mais fundo... Quase a alcançá-la...


Quando pode já tocar-lhe a pele, sem hesitar,
Beija-lhe os frios lábios, e a faz despertar;
Suas forças, neste momento, e todas suas lembranças
Desvanecem-se, como se feitas em nuvem de fumaça pelo vento dispersa...


Ele fenece – ela vive. Paradoxo de amor singular,
Para além dos tempos – por anos, séculos, eras! haverá de lembrar
E bradar o povo o seu nome: fora, na vida – tal qual em morte -,
Do amar o eterno amante sem termo!



1 ϻĭņđʼƨ:

Oh!; Bathory - disse... @ 27 de maio de 2008 às 21:02

Gosto dos seus poemas, me deixam dúvias...

Papai, o que achas da "Liberdade"?
O que entendes por ela?

(L)

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